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quarta-feira, 17 de outubro de 2012


A juventude eterna

Escrito por Jornal Brasil Seikyo 1754 



Consciente ou inconscientemente, a humanidade tem buscado fórmulas para uma juventude mais duradoura. Como sabemos, a literatura de inúmeros povos é rica em textos sobre a juventude eterna. Sabemos, porém, que essa juventude secular não passa de uma ilusão que se contrapõe a um fator mais importante: envelhecer com sabedoria.

O milenar budismo tem na compreensão da velhice um dos eixos de sua filosofia. Somando-se ao nascimento, à doença e à morte, a inexorável velhice é tratada no budismo como um dos quatro maiores sofrimentos do ser humano, pois junto com ela vem o temor da inatividade, do descontrole do corpo e da mente, do abandono, da irrelevância social etc.

A humanidade convive com esse fato no seu dia-a-dia e a preocupação do budismo com esse fator natural é prova cabal de que ele não pode ser praticado fora da realidade.

A velhice causa um sofrimento eterno à humanidade justamente por estarmos na maioria das vezes iludidos em relação ao rumo que daremos à nossa existência. A juventude é sempre valorizada como uma dádiva, e não como um período de preparação para o inevitável futuro. Esse drama pode ser muito bem ilustrado pela parábola do pássaro Kankutyo, que mora numa fria montanha. Durante a noite, ele chora, lamenta pelo frio que está passando e promete construir seu ninho na manhã seguinte. Mas quando amanhece e o Sol começa a surgir, ele se esquece do frio, brinca irresponsavelmente até que chega o gélido vento do crepúsculo e volta a lamentar-se novamente.

Embora o envelhecimento seja um processo de anos, e o dia-a-dia do pássaro Kankutyo denote uma falta de atitude imediata, em ambos os casos a questão é a filosofia com base na qual se conduz a vida. E a vida é sempre uma questão de atitude imediata diante do carma. Eis porque, na Soka Gakkai, sempre se faz questão de treinar os jovens, pois disso depende uma existência proveitosa e uma velhice sábia.

No universo budista, não há velhice no conceito secular da palavra. A velhice secular só existe para aqueles que se esquecem do objetivo da prática da fé. Não raro, encontramos algumas pessoas lamentando que, depois que envelheceram, perderam seu lugar na organização, mas que sequer esforçam-se para pôr em prática todo seu conhecimento, experiência e sabedoria desenvolvidos no decorrer dos anos. Chega a ser contraditório.

Claro que a velhice é, secularmente falando, difícil de se aceitar. Mas o que é importante ser compreendido é que existem dois pontos importantes quanto à velhice: o primeiro é a velhice física, inevitável; e o segundo é justificar a inatividade intelectual dada à velhice física. E no que tange ao intelecto e à sabedoria, não se pode permitir ser dominado pela velhice.

Numa ocasião, o presidente Ikeda assim afirmou sobre a fé e o intelecto: “A fé é a derradeira essência do intelecto. Pela prática correta da fé, o intelecto brilha. A inteligência sem uma fé correta carece de uma firme âncora no solo da vida e, conseqüentemente, se torna desordenada. Então, não é exagero interpretar que essa fé que ancora o intelecto é justamente o fator de jovialidade. O corpo pode não permitir mais exageros, mas a mente é insuperável!

Numa outra ocasião, o presidente Ikeda orientou: “A fé é o que nos torna jovens. A firme fé e a resoluta oração — nossa profunda determinação interior ou concentração de nossa mente fortalece nossa energia vital. Quando os senhores acreditam naquilo que é certo, quando direcionam seus pensamentos no rumo correto, obtêm a correta fé que conduz à felicidade. Nós, que praticamos a Verdadeira Lei, possuímos a suprema fé. Esta é a razão porque somos tão jovens e repletos de vigor e energia. Então, fé é ação! E essa ação é a própria jovialidade que se eterniza em nosso carma.

Por esse prisma, podemos afirmar, sem medo de errar, que embora o corpo pereça com a velhice, é a mente, ou seja, a postura e a ação mentais do indivíduo, que o tornam eternamente jovem. Esse aprendizado prático, a ação de viver e direcionar a vida para rumos corretos, é que se transforma em nosso carma e é esse o fator que acumulamos existência após existência, tornando-nos eternamente jovens. É a juventude espiritual que importa; a juventude do espírito de procura. A juventude eterna do ponto de vista secular não passa de uma heresia, pois despreza a verdadeira natureza da vida e faz o ser humano buscar falsos horizontes.

E não se poderia deixar de relembrar algo tão dito e pouco praticado: quantos jovens já não se tornaram velhos pelo simples fato de terem abandonado o desafio de viver corretamente? E quantos veteranos deixaram de ser veteranos e se tornaram velhos, pelo simples fato de encararem a velhice física como limitadora da batalha do intelecto e da sabedoria contra a maldade que é inerente à vida?

O budismo nos oferece a fonte para vivermos de forma jovial, pois nos ensina o espírito de procura. Permitir-se deixar de lado o espírito de procura é condenar-se a envelhecer no sentido mais desagradável que a palavra permite interpretar: desatualizar-se, tornar-se obsoleto, em desuso. Essas são as perspectivas que a maioria das pessoas enxergam quando não têm uma verdadeira filosofia de vida. 



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O que é ser Jovem





                                           O QUE É SER JOVEM ?

                                        
Será que é apenas uma questão de idade ?

Claro que não... 

Certa vez, ouvi sobre um homem de 78 anos que andava de skate, participava de maratonas  e tinha uma disposição invejável em comparação a pessoas de 20 anos. 

Esse "senhor" foi medalhista olímpico várias vezes consecutivas e até hoje coleciona títulos desportivos.

Por isso, creio que ser jovem é muito mais uma questão  de   espírito do que, propriamente, de corpo.  

Ser jovem não é ser irresponsável, como ocorre como freqüência. Ser jovem não é ser tolo, ou fútil, ou inconsequente diante da vida e do mundo. Há várias formas de ser jovem e nenhuma delas, creio, restringe-se às aparências. 

Infelizmente, vivemos em uma sociedade de estereótipos que camuflam a verdadeira essência das pessoas e, inclusive, a verdadeira essência da juventude. Entretanto, por  trás de todos os falsos rótulos,  o ser humano ainda busca respostas para perguntas que serão eternas, como esta:



                                           O que é ser jovem ?

Fonte:
http://reflexoesliterariasonline.blogspot.com.br/
Juliana S Valis

MELHOR REMÉDIO PARA NÃO ENVELHECER


A receita e o melhor remédio para não envelhecer nunca, é viver e aprender uma lição cada vez que cometemos erros.
Alguns de nós envelhecem, de fato, porque não amadurecemos.
Envelhecemos quando nos fechamos a novas idéias e nos tornamos radicais.
Envelhecemos quando o novo nos assusta.
Envelhecemos quando pensamos demasiadamente em nós próprios e nos esquecemos dos outros.
Envelhecemos quando deixamos de lutar!
Todos estamos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo. E a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás. Mas só pode ser vivida, olhando-se para a frente.
Quem está de cabeça baixa, olhando para o chão, não consegue ver nada além dos próprios pés…
Levante a cabeça… olhe para o horizonte… siga em frente…
A vida está se abrindo diante dos seus olhos em um espetáculo maravilhoso, que pra ser contemplado exige que você erga a cabeça e siga olhando em frente!
Mesmo que seja só por hoje… vivendo um dia de cada vez. Afinal, o amanhã não nos pertence… Façamos o melhor do hoje, para sermos merecedores de um amanhã mais promissor e feliz!!!

A arte de envelhecer



Conta um jovem universitário que, no seu primeiro dia de aula, o professor se apresentou e pediu que todos procurassem conhecer alguém que não conheciam ainda.
Ele ficou de pé e olhou ao redor, quando uma mão lhe tocou suavemente no ombro. Deu meia volta e viu uma velhinha enrugada, cujo sorriso lhe iluminava todo seu ser.
Ela lhe falou sorrindo: “Oi, gato. Meu nome é Rose. Tenho oitenta e sete anos. Posso lhe dar um abraço?”
O moço riu e respondeu com entusiasmo: “Claro que pode!”
Ela lhe deu um abraço muito forte.
“Por que a senhora está na Universidade, numa idade tão jovem, tão inocente?” perguntou-lhe o rapaz.
Rindo, ela respondeu: “Estou aqui para encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois filhos, e logo me aposentar e viajar.”
“Eu falo sério”, disse seu jovem colega. “Quero saber o que a motiva a enfrentar esse desafio na sua idade.”
Rose respondeu gentil: “Sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou ter.”
Depois da aula, ambos caminharam juntos, por longo tempo, e se tornaram bons amigos.
Todos os dias, durante os três meses seguintes, saíam juntos da classe e conversavam sem parar.
O jovem universitário estava fascinado em escutar aquela "máquina do tempo". Ela compartilhava com ele sua sabedoria e experiência.
Durante o curso, Rose se fez muito popular na Universidade. Fazia amizades onde quer que fosse.
Gostava de se vestir bem e se alegrava com a atenção que recebia dos outros estudantes.
Ao término do último semestre, Rose foi convidada para falar na festa de confraternização. Naquele dia, ela deu a todos uma lição inesquecível.
Logo que a apresentaram, ela subiu ao palco e começou a pronunciar o discurso que havia preparado de antemão. Leu as primeiras frases e derrubou os cartões onde estavam seus apontamentos.
Frustrada e um pouco envergonhada, se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente:
”Desculpem que esteja tão nervosa. Não vou poder voltar a colocar meu discurso em ordem. Assim, permitam-me simplesmente dizer-lhes o que sei.”
Enquanto todos riam, ela limpou a garganta e começou:
“Não deixamos de brincar porque estamos velhos; ficamos velhos porque deixamos de brincar.
Há alguns segredos para manter-se jovem, ser feliz e triunfar.
Temos que rir e encontrar o bom humor todos os dias.
Temos que ter um ideal. Quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer.
Há tantas pessoas caminhando por aí, que estão mortas, e nem sequer sabem!
Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês têm dezenove anos e ficam um ano inteiro sem fazer nada produtivo, se converterão em pessoas de vinte anos.
Se eu tenho oitenta e sete anos e fico por um ano sem fazer nada de útil, completarei oitenta e oito anos.
Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é amadurecer, encontrando sempre a oportunidade na mudança.
Não me arrependo de nada. Nós, de mais idade, geralmente não nos arrependemos do que fizemos, mas do que não fizemos.
E, por fim, os únicos que temem a morte são os que têm remorso.”
Terminou seu discurso cantando “A rosa”. Pediu a todos que estudassem a letra da canção e a colocassem em prática em suas vidas.
Rose terminou seus estudos e, uma semana depois da formatura, morreu tranqüilamente, enquanto dormia.
Mais de dois mil estudantes universitários assistiram as honras fúnebres, para render tributo à maravilhosa mulher que lhes ensinou, com seu exemplo, que nunca é demasiado tarde para chegar a ser tudo o que se pode e deve ser.


* * *
O importante não é acumular muitos anos de vida, mas adquirir sabedoria em todos os momentos que os anos nos oferecem.
Afinal, envelhecer é obrigatório, amadurecer é opcional.
Pense nisso!